A dor física, a dor espiritual e a eutanásia

Seguem aqui as orientações contidas no ESE, Capítulo 5, trechos das comunicações dos espiritos Bernardin e São Luís, respectivamente;

"Ajudai-vos uns aos outros, sempre, em vossas provas. Nunca vos torneis instrumento de tortura para ninguém. Este pensamento deve revoltar todo homem de bom coração, principalmente os espíritas, pois estes devem entender o alcance infinito da bondade de Deus. O espírita deve pensar que toda a sua vida tem que ser um ato de amor e dedicação, e que qualquer coisa que faça não causará embaraços às decisões do Senhor, não alterará o curso da Justiça Divina. Pode, sem receio, usar todos os seus esforços para suavizar a amargura da expiação do seu próximo, mas somente Deus pode detê-la ou prolongá-la, segundo julgue necessário."

Não haveria um extremo orgulho por parte do homem ao se acreditar no direito de remexer, por assim dizer, a lâmina na ferida? De aumentar a dose de amargura no peito daquele que sofre, sob o pretexto de que isso é uma expiação? Olhai-vos sempre como um instrumento escolhido para fazê-la parar. Resumamos desse modo: Estais todos na Terra para expiar; mas todos, sem exceção, deveis empregar todos os vossos esforços para suavizar a expiação de vossos irmãos, segundo a lei do amor e da caridade."

"O materialista que apenas vê o corpo e não se dá conta da alma não pode compreender essas coisas. Mas o espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último pensamento. Suavizai os últimos sofrimentos tanto quanto vos seja possível fazê-lo; mas guardai-vos de encurtar a vida, que seja apenas por um minuto, pois esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro"

Quando sentimos uma dor física, procuramos um médico ou remédio que nos alivie imediatamente o incômodo. Nem sempre fazemos isso, quando nossa sensação de bem estar está abalada, mas existe ausência de dor física. Muitas vêzes, o incômodo tão ou muito mais cruel que a dor física, se dá na mente. São as angústias, medos, depressões e tristezas de todos os tipos. Isto nos maltrata e deixamos muitas vêzes que o tempo sózinho se encarregue de aliviá-las.
Cometemos nisso grande erro. Assim como tratamos do bem estar físico, devemos entender o bem estar na sua totalidade. Nosso estado natural é o de tranquilidade e paz. Por isso, devemos trabalhar para o bem estar, a paz e a tranquilidade, nossa e daqueles que nos rodeiam.
Não devemos "deixar pra lá" quando estamos infelizes, pelo contrário, devemos procurar ajuda sim do nosso médico, do nosso psicólogo e do nosso templo, seja ele qual for.

Se o tratamento espiritual NÃO dispensa o tratamento médico; o oposto também é verdadeiro.
O tratamento médico será mais eficaz, na medida que o espírito instalado ali no corpo físico que está sendo tratado, esteja disposto a colaborar.

A colaboração do espírito é a FÉ e o FIRME PROPÓSITO NA CURA.

A aquisição pode nem acontecer nesta encarnação, mas o espírito estará de certo aproveitando os minutos preciosos que farão grande diferença ao poupar muitas lágrimas no futuro espiritual.

Não duvidemos de que a dor espiritual é infinitamente pior que a dor física!

Abraço Fraterno.